Gilmar Santana
Filho de Dona Olga, neto de dona Mariú, Gilmar é Mestre da Nação de Maracatu mais antiga que se tem registro em Recife, a Nação Estrela Brilhante de Igarassu.
Começou a brincar o maracatu ainda com 5 anos de idade. Mestre Gilmar trabalha desde 16 anos nessa função Além do maracatu de baque virado, também é mestre de Côco de Roda. Participa ativamente de apresentações em Pernambuco, em outros estados brasileiros e for a do Brasil.
Sabe-se que desde o início da colonização, em Itamaracá e Igarassu, praticavam-se os ritmos e danças nagôs, passados de pai para filho e cantados nos rituais de candomblé pelos negros escravos.
Tem-se a informação de que em 1730, data a existência do que pode ser hoje o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, fazendo-se o mais antigo de todo Brasil.
Antônio Pereira de Souza
Mestre Toinho, como é conhecido, nasceu no Recife, no Alto da Serrinha, atual Alto José Bonifácio, região de Casa Amarela. Brincava a cultura popular, principalmente a ciranda, tocando tarol e passou de tarolzeiro à mestre ao longo de sua carreira, ao qual passou por diversos maracatus.
Foi integrante do Maracatu Nação Cambinda Estrela, na época comandado por Mestre Natércio, depois foi pro Maracatu Leão Coroado, de Luiz de França, nele já exercendo a prática da regência nos ensaios. Do Leão Coroado foi para o Maracatu Elefante, da rainha Madalena, até a morte dela e o encerramento da agremiação. Participou do Indiano, de Zé Gomes e Carmelita, quando recebeu o convite de Mãe Ivanize para mestrar o maracatu que esta rainha estava formando: o Encanto da Alegria, acompanhando-a por onze anos, até o falecimento desta.
Mestre Toinho é o mestre com o vínculo mais antigo dentro da história do maracatu. É um representante da tradição dos maracatus das décadas de 70 a 90, quando os grupos começaram a crescer e a introduzir importantes modificações.
Afonso Gomes Aguiar Filho
Mestre Afonso recebeu a liderança da Nação do Maracatu Leão Coroado após a morte do Mestre Luís de França.
Maracatu Nação Leão Coroado é considerado o mais antigo Maracatu sem interrupção de atividade desde a sua fundação. Foi fundado na cidade de Olinda – Pernambuco, em 8 de dezembro de 1863, dia de Iemanjá, data da celebração de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade do Recife, e também de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Reconhecido oficialmente pelo governo do estado de Pernambuco como Patrimônio Cultural Vivo e também considerado Símbolo de Resistência Negra.
Seu Afonso é dono de um terreiro em Águas Compridas, em Olinda, local onde ainda hoje é localizada a sede do maracatu. Com ele como mestre a Nação realizou algumas turnês nacionais e européias.
Arlindo Carneiro dos Santos
Mestre Arlindo, é presidente e mestre do Maracatu Cambinda Africano, fundado por seu pai, Mestre Natércio.
A agremiação, antes chamada Cambinda ‘Africana’, tinha o caráter de troça ao sair às ruas para brincar nas quartas feiras de cinza. Tornou-se um maracatu nação a partir do momento em que começou a realizar obrigações religiosas para adquirir fundamento e vínculos com a religião dos orixás. Essa mudança diz Arlindo, foi necessária para desvincular o maracatu dessa brincadeira descompromissada.
O baque do Cambinda Africano possui um toque cadenciado e regular, sem adoção de linguagem sofisticada, de paradas e de acelerações rítmicas sucessivas e intermitentes no decorrer do cortejo, podendo ser caracterizado como um baque à moda dos antigos maracatus. Seu batuque é composto por homens adultos e jovens.