A proposta nasceu a partir de um processo caseiro, onde um grupo de amigos se reunia casualmente para tocar músicas, dançar, trocar ideias, experiências culturais e filosóficas. A primeira formação foi um bloco percussivo que executava ritmos da cultura popular brasileira. Logo se formou um grupo de dança para acompanhar o bloco. Assim, em 2006, o Grupo manifestava sua expressão artística pelas ruas e festas da região do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira.
O propósito sempre foi pesquisar e praticar a tradição popular com o intuito de, além de um divertimento, difundir o folclore, resgatar as tradições e valorizar a criatividade brasileira. Dentre os ritmos que desenvolvemos estão: maracatu do baque virado, coco, ciranda, jongo, cacuriá, ijexá, samba, baião, capoeira, samba funk e samba reggae. A mídia de TV local realizou uma matéria jornalística com o grupo, o que virou matéria nacional, demonstrando o potencial dessa união. Foi então que o grupo, até então sem nome, se consolidou.
O nome Pedra Sonora foi escolhido em reverência à uma rocha localizada no distrito de Capelinha-RJ, que de acordo com dados históricos era comumente utilizada pelos índios nativos dali para se comunicarem através das encostas da Serra da Mantiqueira. Além disso, o simbolismo da pedra na filosofia afro-brasileira está associado a energia do tambor, do orixá Xango que é o guia de muitas manifestações do nosso folclore, como o maracatu.
Mais tarde, no ano de 2012, o grupo começou a desenvolver um trabalho de estúdio, já com formato de banda, com guitarra, baixo, bateria e instrumentos de sopro (flauta transversal e saxofone), além de elementos percussivos. Dessa forma, a proposta inclui músicas de Lenine, Chico Science & Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado, Mestre Ambrósio, Chico Buarque, João Bosco, Novos Baianos, Gonzaguinha, Tim Maia, enfim, uma mistura muito bem organizada. Desde então os shows da Banda Pedra Sonora virou uma expressão completa da arte brasileira, com a banda tocando músicas cuidadosamente selecionadas e rearranjadas, passeando pelas culturas de diferentes regiões do país. Durante toda a apresentação, ocorrem intervenções do Grupo de Dança, como roda de coco, jongo, ciranda, maracatu, exibição de capoeira, acompanhados também pelo Bloco de Percussão.
São mais de 7 anos de expressão artística e cultural, com uma trajetória de produção de festas populares, eventos culturais, brincadeiras de rua, folguedos, carnavais, shows públicos e particulares, além da criação e apoio ao projeto social Raiz de Valor, que trabalha o maracatu com um grupo de crianças no município. No ano de 2010 o grupo foi contemplado com o Prêmio Macedo Miranda de Destaque Cultural da cidade de Resende-RJ.
Jamile Whatley Silva
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